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Mostrando postagens de agosto, 2012

Lira - Memória

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Não adianta, Lirinha. Minha condição é muito especial, não tem cura. Por isso eu tenho tantas tatoo pelo corpo, é pra me lembrar das coisas mais importantes, já que minha memória dura no máximo 10 minutos e depois esqueço de tudo... A propósito, eu tava falando sobre o que mesmo?  Lembra? Era festa da colheita Lembra? Uns soldados que dançavam Sei do circuito cerebral da recordação A construção do que passou no lobo frontal Mas eu voltei pra replantar a tua memória Como uma flecha nas mãos de Bolt De um lado a vida do outro a vida Eu sei que eterna é tua firmeza Na direção que sobe a montanha Lembra bem da noite de onde saímos Nunca apagarei tuas palavras da memória Iaiá Quem mais que você pode esquecer quem sou? Quem me oferece um outro mundo? Quem entrará no seu lugar? A tua mão que plantou meu tempo pelo escuro e pela névoa bruta Dentro dos arquivos do passado Capacidade de lembrar em outro tempo do...

Asas

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Até a Mona Lisa apodrece por Christian Palmer Ter asas para poder voar acima dos abismos que, volta meia, surgem em nossa frente. Ter asas para poder olhar acima das paredes e ver o que nos aguarda do lado de lá. Ter asas para poder voar até o futuro e saber quais cicatrizes aparecerão, saber quais valerão ter,  saber quais não valerão. Ter asas para poder evitar as topadas. Ter asas para não afundar em meio ao lamaçal de incertezas e poder ver lá do alto qual melhor caminho seguir. Ter asas para ser livre, livre de verdade, sem limitações. Ter asas para deixar de ser humano. Ter asas para fugir. Ter asas para escapar voando do fim e, assim, não deixá-lo acontecer. Ter asas para ser perfeito. Mesmo sabendo que o perfeito também apodrece, mas, mesmo assim, ter asas - é o que quero(queremos).