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Só os loucos sabem






por Christian Palmer


Assisti um filme que conta a louca amizade entre dois caras. Um é terrivelmente apaixonado por mulheres, tanto que ele acredita ter algum tipo de doença, ou coisa do tipo; e ama fazer coisas impulsivas. O outro é escritor e se interessa por pessoas loucas pela vida, loucas por viver, pessoas que não se permitem o tédio, como é o caso do nosso amigo "louco por mulheres". Assim, eles desenvolvem um paixão um pelo outro, uma amizade intensa, extrema e lindamente peculiar.

As loucas jornadas regadas a muitas surpresas, mulheres, bebidas e outras coisitas mais, marcam bem a amizade deles. Mas nosso amigo louco tem um grave defeito, ou uma grave virtude, não sei ao certo, ele é maluco o suficiente para abandonar, largar o que quer que esteja fazendo, ou quem quer que seja e partir rumo a mais uma loucura, não que ele não ame o que "abandonou", mas o desejo que tem pelo que vai encontrar, ou pelo que vai acontecer lhe muito tentador. Não sei se é a fidelidade que tem ao seu impulso,  ou se é o desejo pelo que vai acontecer, que o faz sentir-se vivo, só sei que o que ele quer é sentir-se vivo, ele quer a vida.

Enfim, possa ser que, sentir-se vivo é ser louco o suficiente para agir impulsivamente. Penso que, talvez, seja isso a vida. Viver loucamente, como fogos de artifícios que explodem do nada, descontrolados em um céu, ou rua qualquer. Ou, quem sabe, a vida seja o livro, ou poema, ou a crônica, ou o soneto, ou a música que escrevemos para nós mesmos, e para os outros também,  a fim de não nos esquecermos que a vida seja isso. Ou não, quem sabe?

Talvez, a vida não seja nada, ou será que ela é tudo? Ou, talvez, ela seja doce? 
Sim, definitivamente, A VIDA É DOCE.



PS: Ganha um bolo quem acertar o nome do filme. =)

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Sopa de Carne da Vovó





por Christian Palmer



O nosso prato predileto é o amor
é a sopa de carne da vovó
é ter que tomar a sopa de carne da vovó todos os dias
isso é o amor.

Sem pesar, 
mesmo sabendo que tem inhame e carne do sol.
sabendo que inhame com carne de sol é muito bom
bom mesmo, mas não tão bom quanto o seu prato predileto.

Saborear a sopa de carne da vovó todos os dias sem enjoar
isso é o amor.
Afinal, quem enjoa de seu prato predileto?
quem enjoa do amor?



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Pain





por Christian Palmer


É como se você quisesse chorar,
mas não tivesse lágrimas para derramar.
Ou como se você quisesse parar de chorar,
mas as lágrimas insistissem em transbordar.

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Lira - Memória


Não adianta, Lirinha. Minha condição é muito especial, não tem cura. Por isso eu tenho tantas tatoo pelo corpo, é pra me lembrar das coisas mais importantes, já que minha memória dura no máximo 10 minutos e depois esqueço de tudo... A propósito, eu tava falando sobre o que mesmo? 






Lembra?
Era festa da colheita
Lembra?
Uns soldados que dançavam
Sei do circuito cerebral da recordação
A construção do que passou no lobo frontal
Mas eu voltei pra replantar a tua memória

Como uma flecha nas mãos de Bolt
De um lado a vida do outro a vida

Eu sei que eterna é tua firmeza
Na direção que sobe a montanha

Lembra bem da noite de onde saímos
Nunca apagarei tuas palavras da memória Iaiá
Quem mais que você pode esquecer
quem sou?

Quem me oferece um outro mundo?
Quem entrará no seu lugar?

A tua mão que plantou meu tempo
pelo escuro e pela névoa bruta

Dentro
dos arquivos do passado
Capacidade de lembrar em outro tempo
do vento futuro que passou na flor do tempo
Vai alteração química vou no contratempo
da tua memória

Como uma flecha nas mãos de Bolt
Como uma folha nos pés de Padaratz

Eu sei que eterna é tua firmeza
De um lado a vida do outro a vida

A crença hindu num deus que dança
A crença grega que tudo volta

A minha história é canção de bêbados
Feito uma árvore que come pássaros

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Asas


Até a Mona Lisa apodrece

por Christian Palmer


Ter asas para poder voar acima dos abismos que, volta meia, surgem em nossa frente. Ter asas para poder olhar acima das paredes e ver o que nos aguarda do lado de lá. Ter asas para poder voar até o futuro e saber quais cicatrizes aparecerão, saber quais valerão ter,  saber quais não valerão. Ter asas para poder evitar as topadas. Ter asas para não afundar em meio ao lamaçal de incertezas e poder ver lá do alto qual melhor caminho seguir. Ter asas para ser livre, livre de verdade, sem limitações. Ter asas para deixar de ser humano. Ter asas para fugir. Ter asas para escapar voando do fim e, assim, não deixá-lo acontecer. Ter asas para ser perfeito. Mesmo sabendo que o perfeito também apodrece, mas, mesmo assim, ter asas - é o que quero(queremos).



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Peanuts















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E se...




Por Christian Palmer


Se atirarmos uma flecha,  ela seguirá em frente até perder força e cair, certo!? Ela nunca retornará ao arco novamente,  assim é o mundo - refém do tempo. E o tempo segue religiosamente o seu "lema": sempre reto e avante. Igualmente a flecha atirada é a vida, sim, definitivamente a vida é uma flecha atirada. Tomamos decisões e sofremos com as consequências dela, nunca podemos voltar e escolher outra. Por isso, há quem diga que diante das escolhas o melhor é não escolher, porque assim manteremos todas as possibilidades, mas será que isso é viver? E o que seria viver? Fazer escolhas? Não fazê-las? Se bem que, não fazer escolhas é uma escolha que nós tomamos, não? E se pudéssemos calcular o que aconteceria se tomarmos determinada decisão? Seria possível? Como diria o poeta, "são tantas perguntas que atropelam minha vontade de raciocinar...". No entanto, não pensar é um problema maior ainda. Portanto, pensemos, então!

Vocês conhecem uma banda americana chamada: "Eels"? O vocalista dela, Mark Oliver Everett, vulgo "Mr. E", é filho do físico, Hugh Everett, que desenvolveu uma teoria física conhecida como "Teoria dos Muitos Mundos", já ouviram falar nela? Essa teoria sugere que há um mundo paralelo para cada escolha que podemos tomar em todos os problemas que nos deparamos. Alguém te pede em namoro, por exemplo, nesse caso, a princípio, temos dois universos possíveis, um em que você aceitou e outro em que você negou o pedido. Aqui é onde Everett pai diz que o mundo se "divide", ou seja, haverá um mundo para cada uma dessas possibilidades, e eles serão independentes uns dos outros. Então, segundo a Teoria dos Muitos Mundos, temos uma infinidade de mundos paralelos ao nosso. Legal, não!? Sabe aquela dúvida: "se existisse um máquina do tempo, eu voltaria e faria diferente, mudaria o mundo". Pois bem, segundo essa teoria, ao se alterar um fato histórico, não se alteraria em nada o mundo em que se vive, apenas se criaria um novo mundo, no qual o fato tivesse acontecido de forma diferente, da forma que se alterou ao se viajar no tempo.

Enfim, mas qual o motivo de eu estar falando sobre isso? Como sempre um filme: "Mr. Nobody"Mr. Nobody é um filme que se passa numa época em que as pessoas conseguiram a imortalidade, porém ainda há UM ÚNICO mortal vivo - o senhor Nemo Nobody - que quando está prestes a morrer recorda-se de toda a sua vida -  penso que o correto seria dizer de todas as suas vidas. O filme brinca com a ideia de se viver todas as possibilidades possíveis, com uma grande diferença: recordar-se de cada uma delas, o que segundo Everett e sua teoria, não seria possível. E daí se não o é!? É ficção. E sonhar é necessário, sem falar que é incrível a ideia de poder calcular os efeitos de nossas decisões, viver cada uma delas e depois escolher a que melhor nos convier. Eu queria, eu super queria. O que eu não iria querer é ser o último a ser, ou a ter algo. Penso que o fardo de ser a última tartaruga gigante de Galápagos, não é tão legal assim. Saber que sua morte representa o fim de toda uma espécie. Não acho isso agradável. Pois bem, que eu seja o penúltimo, então!


Por fim, eu diria que "Mr. Nobody" é um filme que alimenta essa nossa vontade de querer e poder assistir o que acontece conosco nos outros mundos - mesmo sem nunca termos ouvido falar na Teoria dos Muitos MundosE, então, sermos capazes de escolher aquele que nos agrada mais e poder vivê-lo. Até porque, como diria o poeta/sociólogo em seu blog, nada importa se não tivermos "a companhia do que poderia ter sido". Todavia, se "o que foi" foi do jeito que queríamos que fosse, isso nos servirá de alento em nosso momento derradeiro. Caso contrário, partiremos tendo em mente aquilo "que poderia ter sido". E o que poderia ter sido?









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Bem que podia ser um filme...



por Christian Palmer

Sabe o fim do mundo, o famigerado fim do mundo, aquele o qual todos comentam, temem, e esperam!? Aquela lá, que se baseia na previsão Maia!? Então, não é bem o fim do mundo, como todos imaginam, mas sim o fim de uma era, o fim da Era de Peixes e, consequentemente, o início de uma nova era, a Era de Aquários (Não sei vocês, mas eu acho bem legal quando o fim não representa o fim, mas sim o começo). O calendário Maia, assim como os de outras tantas civilizações antes da nossa, é baseado nos astros, eu estou falando de astros de verdade e não de Neymar.  Eles perceberam esses ciclos de acontecimentos - digamos assim - da terra, cada ciclo desse representa uma Era. Uma era equivale a 2 mil anos, elas recebem o nome de um signo do zodíaco.  O período de transição entre as era é marcado por o intensas mudanças. Mudanças em vários aspectos: físicas, mentais, o da natureza. Enfim.

Explicado isso, perdido o medo (ou alegria) do fim do mundo, que se tiver de acontecer, não será agora, em dezembro de 2012 - a terra durará mais um pouquinho para nossa alegria, ou tristeza. Contudo, foquemos no que realmente importa nessa transição de Era - acreditando nela ou não. Eu falo das mudanças. Mudança de mentalidade. Mudemos nossa mentalidade egoísta que destrói "florestas amazônicas" mundo afora; mudemos a nossa mentalidade sanguessuga, deixemos de sugar a felicidade dos outros, paremos de achar que a felicidade do outro tem que ser nossa; mudemos nossa mentalidade consumista de querer mais, e mais, e mais, paremos de achar que o outro pertence a nós; mudemos essa nossa mentalidade escravocrata, porque o outro não nasceu para que o exploremos, ele(a) não nasceu para ser nosso. Como diria o poeta: "melhore, mundinho de merda".

Por que temos que esperar as ruas alagarem para vermos que devemos jogar o lixo no lugar correto. Parece que teremos de esperar a terra não ser mais fértil e a água potável acabar para entendemos que não dá para matarmos a sede e a fome com o dinheiro. Até quando a nossa arrogância vai nos cegar. O fato de termos sidos os "primeiros mamíferos a fazer planos" não nos torna donos da vida de outros seres vivos, não nos torna donos dos planeta, não nos torna maiores que as leis da natureza. Na verdade isso não nos torna outra coisa, senão nos seres mais desprezíveis do planeta.

Encaremos esse período de transição de era, não como o fim do mundo, mas o fim dessa nossa mentalidade mesquinha que ceifa alegrias, que ceifa amores, que ceifa relacionamentos, que ceifa planos... que ceifa vidas, que ceifa. Nós não podemos tudo. Enfim, espero que a Era de Aquário seja marcada pela morte dessa nossa atual mentalidade - desumana, insana. E, só pra terminar, se ser humano é ser assim como somos, torço para que deixemos de sê-lo. Torço para que o latido de um cachorro não seja o único traço de humanidade ao fim do filme. Filme...bem que isso tudo podia ser um filme - pena não ser!



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Ela vai. A saudade fica!

Eu ainda lembro:


- Aquele poema é seu?
- É sim, Palmer! Esqueci de assinar lá, mas é meu!
- Nossa, parece uma menina de 16 anos, tão inocente.
- HeHE







A menina rainha saiu para passear pelo campo,
Encontrou o pequeno menino rei por ali jogando pedras no lago.

Se ajuntaram a passear pelos belos canteiros,
Falaram do verde, do calor, dos mosquitos...

Mas não falaram sobre o frio na barriga,
Sobre o nervosismo nas mãos,
Sobre os rostos vermelhos,
Sobre os olhares que por segundos trocaram...

Foram felizes,
viram estrelas,
mas não disseram isso um ao outro.

Mas era preciso dizer?








Briggida Lourenço
24 de abril de 2012





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Death Note







por Christian Palmer


Imaginem se ao invés daquela disputa de tênis, em Death Note, L e Raito resolvessem se analisar através de um "ménage à trois".

- Ah, Christian, ai seria hentai e não anime.
- Não tem problemas, é só assistir após a meia noite. HAHA

Brincadeiras a parte, se bem que este um post se configura no tipo: brincadeira. Na verdade, todos são - ou quase todos (=. Enfim, o importante nesse ménage deathnoteano, não seria o sexo em si, mas as implicâncias de um sexo com o Raito e o L, ou melhor, como eles se analisariam no decorrer do ato. Uma coisa eu sei, cada gemido do outro seria uma importante pista para se descobrir o nome verdadeiro de um e se outro é o famigerado Kira. Vamos então as possibilidades. Assim, de cara imagino algo do tipo:

"Um japonês, durante um relação sexual, demora em torna de 15 minutos* para ejacular. Se o Raito for Kira, ele possivelmente não conseguirá se entregar a transa, ou seja, demorará mais que isso para ejacular. É provável, também, que durante o sexo, seu senso de justiça force-o a pensar quase que exclusivamente em continuar exterminando aqueles que ele ache um fardo para mundo, é capaz até que ele broxe, o que, caso aconteça, me dará mais certeza sobre sua identidade secreta. Não posso descartar a possibilidade dele ser assexuado, justamente pelo fato dele se auto-intitular um deus, assim, a recusa do Raito ao ménage vai dar-me uma forte evidência dele ser o Kira." pensamentos de L.

"É provável que o L esteja pensando em me desmascarar levando em conta o tempo que eu leve para ejacular. Sim, pois isso vai mostrar que estou tenso, não com a situação, mas com o fato de eu estar perdendo meu tempo ali, envolvido em um ato fútil, ao invés de estar livrando o mundo do mal - o que é verdade, não posso negar. Contudo, tenho que me sacrificar quanto a isso. Assim, tenho que me concentrar em ejacular em um espaço de tempo que seja fora de suspeita, isso. É isso que eu vou fazer. Consequentemente, estarei me livrando de qualquer suspeita, poderei então ser digno da confiança do L. Com isso, será mais fácil conseguir descobrir o seu verdadeiro nome - Eu serei o deus do novo mundo. HAHAHAHAHAHAHA." pensamentos de Raito

" Raito, já contei-lhe isso, mas para reforçar: não estou nem do seu lado, nem do lado do L. Eu só quero ver o circo pegar fogo, já que eu estava muito entediado lá no mundo shinigami. Contudo, não posso negar que estou ansioso para ver esse ménage. Não se preocupe, estarei lá, alimentarei o seu lado voyerista, nada como aliar o útil ao agradável. -  HAHAHAHAHAHA Raito!" Ryuuku dando a sua opinião ao Raito.

"Não importa que durante o ménage a prioridade dos dois -  Raito e L - não seja eu. O simples fato de estar transando com dois gênios já-me é muito prazeroso. Afinal, sempre quis saber como é transar com um gênio, imaginem dois ao mesmo tempo - sem falar que um é deus, ao menos ele se intitula assim. Enfim, foda-se eles não estarem nem ai para mim. Se bem que, se eu me comportar de um forma "estranha" o L pode me colocar como suspeita de ser o Kira. - Porrãn, o Raito pode me induzir a agir de um jeito que leve o  L a me considerar o Kira, fudeu. Produção, não quero mais ser a mulher objeto desse ménage, tô fora. Definitivamente não quero correr esse risco." Sasha Grey desistindo do papel de mulher objeto do ménage

"Ainnnnn, que tudo. Eu quero ser a mulher objeto desse ménage! Tô nem ai que depois o L me crucifique por suspeitar que eu seja o Kira" Dayse Leone comentando a notícia da desistência de Sasha Grey no facebook!


Lógico que se a cena acontecesse, às análises seriam postas em nível completamente acima de qualquer suposição minha. Mas não custa nada brincar de imaginar. Death Note é um anime muitxo legal e bem inteligente para quem ainda não viu, recomendo. Enfim... fim!



* Dado inventado


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Mais uma do Melamed!






"Eu sempre achei que o amor.
Que o grande amor, fosse incondicional.

Que quando duas pessoas se encontram, que quando esse grande encontro acontece, você pode trair, brochar, dar todas as porradas, se for um grande o amor, ele voltará triunfal. 

Sempre!
Mas não, nenhum amor é incondicional.
Então acreditar na incondicionalidade do amor, é decididamente precipitar o fim do amor, porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo, e um amor não aguenta tudo, nada nesse vida é assim!
E aí você fala que esse amor não tem fim, para que o fim então comece. 
Um grande amor não é possível, 
talvez por isso seja grande. 
Então, assim, nele, obrigatoriamente, pode caber também o impossível.
Mas quem acredita? 
Quem acredita no impossível, que não apaixonadamente? 
Como a um deus, incondicionalmente."



MELAMED, Michel







P.S.: Acho que não preciso nem dizer que morro de amores pelo Melamed, né!?

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Cotas?




por Christian Palmer



E ai galera, o que vocês acharam da votação do STF a respeito das cotas nas Universidades Federais do Brasil? A princípio, eu pensava que seria correto a implementação de um sistema de cotas favorável única e exclusivamente a pessoas com um nível econômico baixo, que tenha condições sociais precárias e estudam em escolas públicas. A universidade onde estudo tem um sistema de cota parecido com esse que eu idealizava. Contudo, estudo numa sala com aproximadamente umas 40 pessoas, destas, se minha mente não estiver falha, conto que apenas 6 pessoas são negras, o que representa, se minha matemática não tiver errada, 15% dos estudantes, e a realidade nas outras turmas não difere muito da minha. Ora, se população brasileira tem quase 50% de negros, como explicar que apenas 15% desses tenham acesso a um ensino superior? Uma coisa é certa, este sistema de cotas baseados no "status" socioeconômico não funciona como deveria funcionar. Então, acredito que uma das formas de pagarmos nossa dívida social para com a população negra é sim o sistema de cotas baseados na "cor".

Ai vem todas aquelas questões que envolvem assumir esse tipo de medida. Assim como, os argumentos dos que são contra esta medida: "mas a constituição prevê que todos somos iguais, independente da cor, credo e etc"; "Aceitar esta medida seria um racismo ao avesso, seria pressupor a incapacidade dos negros";"as universidades ganham descrédito referente ao ensino por aceitarem cotista". Acho que essas são as mais comuns. Vamos lá:

Primeiro:  é verdade que a constituição prevê que todos devam ser tratado como iguais, mas isso não significa que tratar todos de forma igual seja a maneira correta de se estabelecer um parâmetro isonômico, vejamos um exemplo prático, imaginemos que o governo decrete um aumento salarial de 10%, teoricamente isso é bem correto e justo, certo? Porém na prática isso é bem injusto, vamos supor a pessoa A tem um salário de 2 mil reais e a pessoa B tem um salário de 600 reais, com o aumento a pessoa A ganhará 2200 reais e a pessoa B ganhará 660. Ou seja, na prática a pessoa que tem o salário maior e, teoricamente, em termos de igualdade, precisava de um aumento menor foi a que teve o aumento maior, pois passará a ganhar 200 reais a mais, enquanto que a pessoa B terá um acréscimo salarial de apenas 60 reais. E então, tratar os diferentes de forma igual é a forma correta? Simplesmente não. Então, "tratar de maneira diferenciada um grupo que teve menos oportunidades – e, portanto, que está em situação de desvantagem – é uma tentativa de diminuir essas desigualdades, restituindo direitos há muito negados."

Segundo: essa medida não pressupõe inferioridade dos negros. Ora, nosso país tem seus 512 anos, desde a sua gênese todos os "homens-brancos" se aproveitaram do trabalho escravo dos negros e índios para edificarem suas escolas, colherem suas canas para poderem ter dinheiro, para estudarem e ter o seu sustento, ou seja, são 512 anos que os "brancos" brasileiros têm consciência e incetivos voltados para o estudo e outras coisas. Segundo uma amiga historiadora, é possível que os primeiros negros tenham chegado aqui no fim do séc. XVI e, sabendo que, a lei áurea foi assinada só em 1888, temos em torno de 300 anos de escravidão, opressão e a negação do direito do saber - do conhecimento aos negros, dentre outras coisas. Se a gente subtrai 512 -300 = 212, trocando em miúdos, os negros só têm 212 anos de direito ao conhecimento, um atraso de 300 anos em relação aos brancos. Isso se a gente supor que houve políticas de afirmação para esses negros após a abolição, o que sabemos que NÃO houve. Simplificando, os "homens-brancos" chegaram onde estão com a "ajuda" dos negros e agora quando os negros pedem uma mãozinha(entendam cotas) eles lhe negam.

Terceiro: o vestibular é apenas a etapa inicial no ciclo acadêmico e, convenhamos, a forma como somos avaliados no vestibular é para lá de ultrapassado. Enfim, dentro da universidade o aluno cotista não vai ter nenhum tipo de privilégio, nenhum professor vai dá um ponto a mais por um aluno ter entrado  no sistema de cotas - fato. Dentro da universidade só aqueles que tiveram merecimento receberão o seu diploma de concluinte. Deixem-me mostrar uns dados aqui:  em levantamento feito em 2004, na Uerj 49% dos alunos e alunas ingressantes pelo sistema de cotas teriam passado de ano sem nenhuma dependência, contra 47% dos alunos e alunas escolhidos pelo sistema vestibular universal. A evasão entre alunas e alunos negros, no primeiro ano, foi de 5%; entre os(as) demais, de 9%. Na Uneb, a evasão entre alunas e alunos negros também foi menor: 1,9% contra 2,7%. Viram só, o fato de decair o nível é mito.

E, por fim, sem mais delongas, apesar de ser a favor do sistema de cotas para negros e índios, e até para estudantes de escolas públicas, não o vejo como sistema vitalício, pelo contrário, acredito que este sistema deva ser implantado de forma a amenizar o desequilíbrio que há entre brancos e negros universitários, mas, só deva se  manter  até o governo investir no ensino de base (fundamental e médio) para que seja erradicado de vez o racismo que paira, denigre e desestimula o negro de se achar capaz de chegar em patamar mais "elevado" socioeconomicamente falando.

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Recado dado!


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Mundo Moderno





Retrato da realidade, leiam:







Mundo Moderno


"Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio -- maior maldade mundial.

Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matumbo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha. Margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia, mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.

Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, marafonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente. Modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas.

Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, mercedes, motorista, mãos... Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meiágua, menos, marquise.

Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda."



Silvio Amarante

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Tolerância Zero













um desabafo por Christian Palmer


Antes de tudo, não quero falar sobre aborto, pois já o fiz nesse blog, caso queiram ler ou reler clique aqui!








Realmente eu não consigo entender e/ou compreender, o motivo pelo qual as pessoas, algumas delas, são tão intolerantes. O que tem demais aceitar e respeitar que outras pessoas tenham um conjunto de moralidade, de filosofia de vida, do que é ter vida diferente do seu. Acho extremamente revoltante quando me deparo com pessoas ou manifestações de grupos que querem impor sua filosofia, seus conceitos dogmáticos aos outros. Falo isso me referindo aos manifestos de, especificamente, duas instituições religiosas durante a votação do STF a respeito da legalização de aborto de fetos anencéfalos. Os manifestantes alegavam que isso era contra a vida, que segundo os dogmas deles, o deus deles repudiava tal atitude tsc tsc. Pergunto-me se eles entendem que a lei não obriga a mulher a abortar, ela aborta se quiser, ou seja, uma mulher que siga esses preceitos dogmáticos pode perfeitamente continuar com a sua gestação, trocando em miúdos, a lei não interfere na vida das pessoas dessa religião ai. Mas acho que eles entendem sim, contudo eles não se contentam só com isso, eles querem que os outros sejam obrigados a seguir os ensinamentos deles. Ridículo, altamente ridículo.

Não me entra na cabeça o fato da galera ir protestar contra os casais terem o direito de não querer continuar com a gestação de um feto sem cérebro, minha nossa. Até entendo que pessoas achem que seja possível se ter vida, por horas que seja, sem o cérebro, tudo bem, entretanto não são todos que pensam assim, tolerância zero, onde já se viu. Meu caso, por exemplo, eu acredito que só há vida, se há consciência e é impossível se ter consciência sem um cérebro, ou seja, minha concepção de vida é que a vida só é vida se o indivíduo pensar ou se ele tiver a capacidade de pensar sobre a vida, caso contrário não é vida, essa é minha opinião.  Todavia eu sou super capaz de conviver com pessoas que têm um entendimento diferente do meu, desde que elas não queiram me impor nada, isso se chama respeito ou civilidade. E onde será que anda o respeito e civilidade desse que protestaram?

Sinceramente, essas engajadíssimas pessoas que foram protestar contra a decisão favorável do STF a respeito do aborto de anencéfalos, deveriam protestar contra algo que realmente valha à pena, por exemplo, as merdas de suas próprias instituições religiosas. Acho absurdo, sobre qualquer aspecto, que uma pessoa queira se meter na vida alheia, mas já que se submetem a isso deveriam ao menos limpar os próprios umbigos. Lembrei-me daquele deplorável caso, o qual a santíssima igreja católica excomungou uma mulher por ela abortar um feto fruto de um estupro, não só a mulher, os médicos que fizeram o procedimento também. Pessoalmente, para mim, seria motivo de orgulho ser excomungado, eu  criaria um diploma, enquadraria e o poria na parede de meu quarto, provavelmente, ele me traria mais orgulho que o meu futuro diploma de graduado. Contudo, um dos médicos e a mulher eram católicos e entendo que para eles essa decisão foi um tanto estarrecedora, agora me perguntem o que a igreja fez com o estuprador, vão perguntem... Fez nada, um dia quando ele tiver morrendo vai se dizer arrependido dos seus atos, e pronto. O mesmo acontece com esses padres pedófilos, o Vaticano os mudam de paróquia e pronto, nada mais. Para não dizer que eles não fazem nada mesmo, uma vez o Vaticano decretou que um padre pedófilo deveria levar uma vida de oração como punição, lindo isso, né?

Outra coisa, não é de hoje que nós sabemos, ou deveríamos saber, que quando a religião se mete com a política a coisa desanda, na verdade a política por si só, só ela, já desanda sozinha, mas quando a merda da religião se mete a porra fica feia ao extremo. É só a gente voltar um pouco no tempo para relembrar, se bem que eu acho que ninguém esqueceu as atrocidades cometidas nas Cruzadas, ou a Caça as Bruxas, ou quem sabe a ridícula Santa Inquisição, para não citar outros casos. Milhares e milhares de pessoas morreram e ainda, estupidamente, morrem em nome de um ser intitulado deus. Atrevo-me a dizer que de todas as merdas que nós homem inventamos a religião foi e é a que mais mata pessoas. É nessas horas que eu me pergunto onde estão os valores morais e supremos desse deus a respeito da vida e blá blá blá. Hoje em dia, separada, teoricamente, da política ainda conseguimos ver várias e várias atrocidades dessas instituições: extorsão, pedofilia, ataques suicidas a prédios. Isso sem falar na hipocrisia, ou vocês não acham hipocrisia que um senhor que dizem ser representante de Jesus (aquele que, dizem, pregou a pobreza, que pregou o desapego a bens materiais, que andou sem proteção entre os pobres) sente-se em trono de OURO, e que vai ao meio dos pobres em um carro blindado (não sei se por nojo, ou por medo da morte, qualquer que seja o caso beira ao ridículo); ou ainda que outros se valham da fé para "roubar" dinheiro dos fiéis e ficar milionário. Hipocrisia ou charlatanismo? escolham. Enquanto isso, gente morre de fome e vive na miséria, eu acharia super digno se esses senhores vendessem seus tronos e hectares de terras  e comprassem comida para essas pessoas, mas não, o certo mesmo é vender água santa de um fonte de um riacho de Jerusalém, para que você coloque em cima da televisão durante o culto tsc tsc.


Vocês já pararam para pensar que quando damos parecer favorável, por exemplo, ao deus da religião rastafári estamos desfavorece o deus do candomblé? Ou seja, o único jeito de não desfavorecer muitos em detrimentos de outros é a laicidade. Ou vocês são tão intolerantemente mentecaptos para aceitar que no Brasil, no mundo, existem milhares tipos de religiões e pessoas que seguem cada uma delas e ainda há aquelas que não seguem quaisquer delas. Temos que achar um meio para aceitar e respeitar cada uma delas, não impor uma a outra.Poxa vida, vivemos num Estado laico, só para quem não entende direito, laico não significa que o estado é ateu, significa que o Estado não se posiciona ou não deve deixar se posicionar favorável a essa ou aquela religião, tem que se manter neutro.  E tem que ser assim, pois esse é a única maneira que há para não favorecer essa ou aquela entidade dogmática. Eu só acho uma pena que a laicidade do Brasil ainda esteja só na constituição. 


E, por fim, como todos já devem saber, o STF deu parecer favorável a descriminalização de aborto em caso de anencefalia. Ultrajante isso, não!? Só falta eles quererem legalizar o casamento gay agora; ou fazerem as instituições religiosas pagarem impostos; ou quem sabe descriminalizar o aborto geral; ou, sei lá, quererem agir como um verdadeiro estado laico. Totalmente inconcebíveis essas ideias, onde vamos parar. Isso é um atentado a civilidade, a moral a tudo tsc tsc. E, para quem não entendeu, esse último parágrafo foi um sarcasmo!



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David Bowie


por Christian Palmer




Hoje eu vou falar sobre o David Bowie, especificamente um álbum dele, The rise and fall of Ziggy Stardust and the spiders from Mars. Esse álbum é tão extremamente foda que ele deveria ser chamado, não de álbum, mas sim de livro e suas músicas deveriam ser chamadas de capítulos.  Bem, é que o álbum todo é um enredo de uma história fictícia, ou não! Mais ou menos assim, o mundo vai acabar dentro de míseros 5 anos, galera toda em pânico com a essa notícia, mas tudo bem o homem do espaço se dispôs a nos ajudar, Ziggy. E como ele vai nos ajudar? Com rock'n'roll, tudo ótimo, todos adorando suas músicas, sua presença de palco, os solos de guitarras e tudo mais, o que não poderíamos imaginar (poderíamos sim) é que ao invés dele ter nos livrado do mal, que era a iminente destruição mundial, fomos nós que o destruímos. Sim, o destruímos, pois o nosso salvador, o Ziggy, acabou se entregando aos vícios do mundo - drogas e afins. E a história do Ziggy na terra acaba com o seu fim, seu suicídio. Vale dizer que a cada show da turnê desse disco o Bowie interpretava a história como um verdadeiro ator. Então, é um álbum que deve ser chamado de Livro(ou roteiro), com umas músicas que devem ser chamadas de capítulos e um cantor que dever ser visto como um ator. FODA, dizer mais o quê?

Mas e ai, que tipo de pessoas somos, o Ziggy veio nos salvar e nós em troca o destruímos? Somos mesmo uma escória por tratar assim pessoas que querem nos ajudar, certo? Bem, não vejo assim, acredito, que o Bowie queria dizer que somos auto-suficientes, não precisamos que outras pessoas nos diga o que temos que fazer, ou como devemos proceder, mas essa é minha opinião. Dentro dessa ótica, gosto de pensar que fomos nós que ajudamos o Ziggy, o ajudamos a perceber que ele não deve sair ajudando a quem não precisa ser ajudado. Sim, não precisamos de ajuda para fim, o fim é a única certeza que temos, todo dia o mundo acaba para alguém e o negócio não é nos livrar do fim, é estar preparado pra ele, e o Ziggy não estava, pelo menos não até conviver conosco. Definitivamente, esse álbum tá no meu top 3, mas isso é só questão de opinião!

E, para terminar, vos deixo com a música/capítulo que mais gosto nesse álbum/roteiro/livro,  desse cantor/ator/gênio/David Bowie.











Ziggy played guitar

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Antes que você conte até dez - Vespas Mandarinas



No fundo do meu âmago, eu sei que fui eu quem escrevi essa música, é deveras intimista - só pode ter sido eu. Os carinhas do Vespas Mandarinas, de alguma forma ou de outra, invadiram o meu subconsciente, bem ao estilo "A Origem",  e roubaram essa letra de mim!





Posso escrever e não dissimular
É o que eu ganho por estar mais velho
Não tenho nada para impressionar
Nem por fora nem por dentro

E a noite inteira eu vou cruzando o mar
Porque os sonhos voam com o vento
Na minha janela é ele a soprar
Só pra ver se estou desperto

Me perdi num truque de palavras
Me anotaram mal a direção
Já escrevi meu nome numa bala
Já provei a carne de cação

E eu já tenho tudo planejado
E alguém diz que não, não, não, não, não
Agora o vento sopra pro outro lado
Me leva pela mão
E há quem diga não, não, não
E o que me levará ao final
Serão meus passos no caminho
Não vê que só se está atrás
Quando persegue seu destino

Sempre na minha mão tem um punhal
Nunca é o que era pra ter sido
Não é porque digo a verdade
E sim por nunca ter mentido
E eu não vou me sentir mal
Se algo não me sair bem
Aprendi a derrapar
E a me chocar contra esse chão

Que a vida simplesmente vai
Como a fumaça desse trem
Como um beijo e nada mais
Antes que você conte até dez

E eu não voltarei a ser estranho
A quem não chegara me conhecer
Também não vou dizer que eu te amo
Tampouco deixarei de te querer

Deixei de voar e me afundei
No meio dessa lama eu encontrei
Algo de calor sem teus abraços
Agora eu sei que nunca voltarei

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O que é o amor senão uma loucura!?






texto do Michel Melamed, postado por Christian Palmer

Um dia eu me apaixonei por uma mulher, e casei. Às vezes, isso acontece. Eu tava tão apaixonado, tão loucamente apaixonado por ela. Enfim, eu tava louco, ai eu queria presenteá-la. Então, certa vez, eu tava passando na rua e vi numa vitrine um machado. Olhei e falei:

- Caraaaaaaaaalhooo, meu! Esse machado é a representação fidedigna do que eu to sentido. Tô louco por ela, então vou dá esse machado, ela vai delirar e o nosso amor vai resplandecer e explodi.

Ai eu comprei o machado, embrulhei e botei uma fitinha. Cheguei em casa, encontrei a moça. Vale dizer que só tinha duas semanas que a gente tava saindo. Enfim, quando abriu o presente ela ficou um pouco assustada, falou:

- o que é isso? Quem é esse cara que eu to conhecendo agora e me dá um machado?

Passamos três anos casados. Ela foi embora e ele (o machado) ficou. E hoje ele é só meu =). Ela simplesmente não quis levá-lo, o machado ficava no quartinho dos fundos. É real, eu falava:

- Pô, o machado representa o nosso amor, põe na parede, cara!
- Não, eu não gosto desse machado – ela me respondia –acho ele louco!




PS: Para quem não conhece, o Michel Melamed é ator, escritor, poeta, compositor, cantor, entrevistador, roteirista, e, se eu não esqueci mais nada, ele também é diretor e blogueiro, só não sei se sobra tempo dele ser humano!


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Change the world









vomitado por Christian Palmer

Fome, miséria, mortalidade infantil, estupro, violência doméstica, homofobia, racismo, sexismo, corrupção, assaltos, assassinatos, chacinas, guerras, genocídio, desapropriação de lares, governo que prioriza a minoria em detrimento da maioria, contraste financeiro e social, pedofilia, abuso de poder, ditadura travestida de democracia, a ditadura, hipocrisia, falsidade, monopólio, aquecimento global, o buraco na camada de ozônio, o capitalismo, especulação imobiliária, tráfico de pessoas, os grandes latifundiários, desmatamento. Essas são só algumas coisas, que por ora lembrei, que me fazem querer ver o mundo mudar.

Mudar o mundo é a proposta que o Professor Simonet (Kevin Spacey) coloca para os seus alunos, em “A Corrente do Bem”. Isso mesmo, ele propõe que seus alunos criem um modo de mudar o mundo e o coloque em prática, absurdo né!? Odiaria um professor que me incumbisse de fazer tal coisa. Contudo, Trevor (Haley Joel Osment), 11 anos, parece gostar da idéia de mudar o mundo e cria uma boa maneira de fazer isso. A idéia dele? A corrente do bem, consiste basicamente em ajudar 3 pessoas, mas tem que ser algo grande, algo que essa pessoa jamais conseguiria fazer sozinha por si mesma e como pagamento por isso a pessoa que foi ajudada teria que ajudar outras 3 pessoas e pedir-lhes que continuem a corrente.

Simples e genial a ideia do garoto Trevor. Mas tanto eu quanto o professor dele achamos uma falha, para essa ideia dá certo teria que se acreditar na bondade das pessoas, convenhamos que bondade e pessoas não combinam muito, lenda urbana. Certo, no filme a ideia dele funcionou, soube até que essa ideia saiu das telonas do cinema e figurou por um tempo nos EUA, mas morreu. O fato de ter "morrido" só confirma a minha tese de que não há bondade nas pessoas. Outros pontos falhos, a meu ver, na ideia do Trevor é o fato dele querer fazer algo grande, não acho que precise ser grande, e, também, o fato dele querer começar pelos outros, acredito que antes de sair por ai mudando as coisas devemos antes mudar a nós mesmos.

Mudar o mundo (para melhor!) é algo que todos deveriam encarar como necessário e imperativo. Entendo que para isso não precisamos ter super poderes e almejar fazer algo imenso, não. Basta fazermos pequenas coisas, lembro de um campanha na MTV Brasil: "Desligue a TV e vá ler um livro!", durante uma ou duas vezes ao dia, não lembro bem, a emissora apresentava essa mensagem. Simples, pequeno e genial. Pensem só, se lêssemos mais seríamos menos alienados, ou seja, mais conscientes do mundo. Consciência me faz lembrar em: " voto consciente". Preciso nem dizer que se votássemos conscientemente teríamos políticos melhores e políticos melhores é meio caminho andado para termos um mundo melhor. Tá certo que às vezes nos enganamos com certas coisas que nos aparecem, normal.

Por fim, quero dizer que esse blog apoia todo e qualquer manifesto, protesto, ideia, ou o que quer que seja, greve, enfim, que tenha como objetivo um mundo melhor, como por exemplo, o protesto contra a violência que jovens de um escola fizeram (clique aqui para ver a reportagem). Entretanto, como disse D2 apud B Negão, não adianta pedir por paz se você não pratica a paz, vamos praticar a paz. E não vamos nos iludir, pois o mundo pode piorar, sim. Pegando carona na ideia da MTV Brasil, vos digo: vão ler, e nem precisa ser um livro, pode ser um blog,  só não vale ler um livro de auto-ajuda, hein! Só para terminar quero citar Ghandi: "Seja a mudança que você deseja ver no mundo", segundo ele esse é o único caminho que pode salvar o planeta da destruição. É isso!

PS: Eu tava brincando, pode ler auto-ajuda sim. Boa leitura!


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