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Bem que podia ser um filme...



por Christian Palmer

Sabe o fim do mundo, o famigerado fim do mundo, aquele o qual todos comentam, temem, e esperam!? Aquela lá, que se baseia na previsão Maia!? Então, não é bem o fim do mundo, como todos imaginam, mas sim o fim de uma era, o fim da Era de Peixes e, consequentemente, o início de uma nova era, a Era de Aquários (Não sei vocês, mas eu acho bem legal quando o fim não representa o fim, mas sim o começo). O calendário Maia, assim como os de outras tantas civilizações antes da nossa, é baseado nos astros, eu estou falando de astros de verdade e não de Neymar.  Eles perceberam esses ciclos de acontecimentos - digamos assim - da terra, cada ciclo desse representa uma Era. Uma era equivale a 2 mil anos, elas recebem o nome de um signo do zodíaco.  O período de transição entre as era é marcado por o intensas mudanças. Mudanças em vários aspectos: físicas, mentais, o da natureza. Enfim.

Explicado isso, perdido o medo (ou alegria) do fim do mundo, que se tiver de acontecer, não será agora, em dezembro de 2012 - a terra durará mais um pouquinho para nossa alegria, ou tristeza. Contudo, foquemos no que realmente importa nessa transição de Era - acreditando nela ou não. Eu falo das mudanças. Mudança de mentalidade. Mudemos nossa mentalidade egoísta que destrói "florestas amazônicas" mundo afora; mudemos a nossa mentalidade sanguessuga, deixemos de sugar a felicidade dos outros, paremos de achar que a felicidade do outro tem que ser nossa; mudemos nossa mentalidade consumista de querer mais, e mais, e mais, paremos de achar que o outro pertence a nós; mudemos essa nossa mentalidade escravocrata, porque o outro não nasceu para que o exploremos, ele(a) não nasceu para ser nosso. Como diria o poeta: "melhore, mundinho de merda".

Por que temos que esperar as ruas alagarem para vermos que devemos jogar o lixo no lugar correto. Parece que teremos de esperar a terra não ser mais fértil e a água potável acabar para entendemos que não dá para matarmos a sede e a fome com o dinheiro. Até quando a nossa arrogância vai nos cegar. O fato de termos sidos os "primeiros mamíferos a fazer planos" não nos torna donos da vida de outros seres vivos, não nos torna donos dos planeta, não nos torna maiores que as leis da natureza. Na verdade isso não nos torna outra coisa, senão nos seres mais desprezíveis do planeta.

Encaremos esse período de transição de era, não como o fim do mundo, mas o fim dessa nossa mentalidade mesquinha que ceifa alegrias, que ceifa amores, que ceifa relacionamentos, que ceifa planos... que ceifa vidas, que ceifa. Nós não podemos tudo. Enfim, espero que a Era de Aquário seja marcada pela morte dessa nossa atual mentalidade - desumana, insana. E, só pra terminar, se ser humano é ser assim como somos, torço para que deixemos de sê-lo. Torço para que o latido de um cachorro não seja o único traço de humanidade ao fim do filme. Filme...bem que isso tudo podia ser um filme - pena não ser!



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6 comentários:

Danilo! disse...

Parabéns pelos textos velho!!

Seu Chris disse...

Obrigado pela visita, continue lendo e comentando sempre que lhe convier!

Mayara disse...

Ótimo post! Deixemos nossos sentimentos mais mesquinhos.

Seu Chris disse...

Tentemos, ao menos!

Dave Bowman disse...

Nunca tinha visto e tenho certeza que nunca quis ver a vida imitar arte ao ponto de querer que tudo não passasse de um filme. Mas esse filme não é um filme, e a ralidade é um looping infinito que só pode ser superado a medida que a vida segue intercalando diversas sessões de qualquer coisa até que as luzes se acendam novamente e seja a hora de voltar pra casa...

Seu Chris disse...

"...seja a hora de voltar pra casa..." ou não!

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