descabaçado por Christian Palmer
A hora
certa, o lugar certo, o momento certo, a coisa certa. Para quê? Para a primeira
vez, para ser perder a virgindade, ora
bolas. Tirar o cabaço de nunca ter pulado de paraquedas, de ter pego uma onda, de
cair andando de patins, primeira vez num rapel, desvirginar-se de (re)escrever
no blog, de trepar também (por que não?)... primeira vez de repetidas vezes,
repetidas vezes de tudo, menos de ir num rapel, ou coisas que remetam altura,
ergh!
Mas por
que mesmo que tem que ser CERTO o momento, o lugar, a hora? Deixar rolar,
diria, e se tiver que ser no momento, na hora, ou a coisa ERRADA, que seja, é
só deixar rolar. Afinal, se pararmos para pensar um pouco: será que há mesmo um
momento certo para se levar um tombo andando de patins? Ou para se pegar uma
onda? Creio que não, basta ter onda, ou estar andando de patins. Ai fio, hummm,
a hora é a hora, sem certo ou errado.
Pois,
sobretudo, quando o tempo passa o que fica não é se foi o momento, ou hora, ou coisa era certa ou errada; o que fica é:
ter deixado ou não de sonhar com a onda e ter ido surfá-la, ou não; ou ter deixado
ou não medo e/ou vergonha de levar um tombo andando de patins, privar de sentir
a brisa tocar seu rosto enquanto se patina. Por fim, se reprimir ou se
permitir? Eis a questão!