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Sim, infelizmente, as nuvens não são de algodão, cara!


Não é algodão, muito menos doce. A vida, sim, é doce!






vomitado por Christian Palmer



Há quanto tempo.  Tudo de boas? Cansaram de meu interstício? Estava com uma ânsia muito forte, tive que vir aqui vomitar, não aguentei. Então, voltei, não sei por quanto tempo, mas tô aqui, qualquer coisa tamo ai.

Nesse meio tempo, muitas coisas mudaram, eu mudei. As pessoas ao meu redor mudaram, o mundo mudou. Acredito que vocês mudaram também, mudaram? Algumas (as mudanças) boas, muito boas, na verdade; outras ruins, ruins pra caramba, horríveis, uma pena!  Entretanto, necessárias, afinal de contas, de mudanças vivemos. Vivemos? De mudanças? Humm!! De que vivemos, afinal? A cada dia que se passa (passou desde a última vez), tenho pensado cada vez mais nisso. De que vivemos? Ilusões? Metas? Amores? Desamores? Sabores e dissabores? De antíteses, talvez, será? De uma miscelânea de um bocadinho de tudo? Ou de uma miscelânea de nada? (mais antíteses)

O nada me apetece, bem mais que o tudo, o nada é vazio (há quem acha isso ruim),porém  no vazio não temos cobranças, porque o vazio é o nada, e não há nada no nada, além do nada (nós). Isso me é libertador, não é para vocês? Mas, enfim, isso não vem ao caso, ou vem, sei lá!

Enfim, voltemos ao assunto - se é que saímos deles, saímos? - O que é viver? Supomos que este post é a vida, o que seria viver para nós? Eu diria que viver seria encontrar a resposta para: “o que é viver?” Então, digamos que a encontremos daqui até o fim desta humilde crônica. Ou seja, vivemos e agora, será que existe vida pós vida? (figurativamente, ta), lembrei de uma música:
“É tão chato chegar a um objetivo num instante”

Lembrei de duas músicas, na verdade:
“um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão”

De qualquer forma, acho muito mesquinho determinar o que é viver com um simples conceito, e, de repente, qualquer conceito é simples demais para definir o que é viver. Veja bem, viver e não vida. Então, precisamos, portanto, de mais de um conceito. Se lutar para alcançar objetivos não é capaz de sustentar em si o viver de alguém. O que mais, aliado a isso, poderia? Amar, talvez. Amor, galera, ta? Amor e não paixão. Se bem que paixão também é um bom por que para se viver.

Eu sei, eu sei! Vocês querem que eu explique a diferença. Bem, eu gosto de pensar que paixão, estar apaixonado é tal como uma tempestade, um furacão de categoria 5 (categoria máxima): intenso, forte, destruidor, sufocante. E amor é o que sobra depois que o furacão vai embora, não adianta pressa, vai demorar de qualquer jeito para se recuperar e se readaptar. Amor é a calmaria depois da tempestade, a paciência para se readaptar, pós furacão. Amor é marasmo (mas não precisa, necessariamente, sê-lo para sempre), e,se você está disposto a viver nesse marasmo, então é amor. Contudo, e se o amor acabar? (sim, amor acaba), e se a paixão não vier? (ela pode não chegar) Então não viveremos? 

Perguntas e mais perguntas, hein!!! Complicado!

Isso me faz pensar novamente no vazio. Explico. Tudo isso é conceito, conceito sobre algo. E conceito é hoje, mas não é amanha, é meu, mas não é seu (mas se for cientificamente provado? Ok, e se cientificamente amanha provarem que não é assim?). Penso que o que é, é hoje, amanhã e sempre. Conceito não é, a coisa em si é.

Amanhã, viver vai ser viver (conceituado ou não), pois viver é perene, conceitos a respeito não. Então, de repente, viver seja de fato uma miscelânea de tudo, entretanto, vejam bem, tudo é um conceito e conceito é nada, certo? Então, será que podemos dizer que viver é nada, é vazio!?!?!. Eu gosto da ideia, porque vazio é liberdade. Eu sou um nada, vivendo um absolutamente nada, legal, né? Eu acho!!!

Vendo por esse lado, liberdade assusta um pouco, né? Mas creio que é só uma questão de (re)adaptação, e (re)adaptação é amor, lembra? E o legal de amar a vida é que ora ela é marasmo, ora é tempestade e não precisamos nem forçar pra que seja assim: uma mudança constante, temos apenas que deixar rolar. Tá ai, viver, talvez, seja deixar rolar, ou não, sei lá. Quem sou eu para determinar isso?

E, para terminar, se é que termina, tem um filme que me mudou muito (olha ai as mudanças de novo), porém faz tempo que assisti a esse filme(e não me canso de reassistí-lo). Em determinado momento o protagonista fala, mais ou menos assim: “Porra, você quer morrer sem ter nenhuma cicatriz?” O filme em si mexeu muito comigo, mas especialmente essa frase. Passei dias pensando a respeito, na verdade, eu ainda penso e muuuuito nessa frase, e volta e meia me pego reflexivo: “Pô, será que hoje eu tenho cicatrizes suficientes para morrer em paz? Será que eu tenho cicatrizes?” E vocês? Têm cicatrizes? Suficientes? Se você morresse hoje, acharia que fez ou não o suficiente?

Seja o nada e tenha cicatrizes, garotinhos e garotinhas!! =D

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Teen: perdendo a virgindade.








descabaçado por Christian Palmer


A hora certa, o lugar certo, o momento certo, a coisa certa. Para quê? Para a primeira vez, para  ser perder a virgindade, ora bolas. Tirar o cabaço de nunca ter pulado de paraquedas, de ter pego uma onda, de cair andando de patins, primeira vez num rapel, desvirginar-se de (re)escrever no blog, de trepar também (por que não?)... primeira vez de repetidas vezes, repetidas vezes de tudo, menos de ir num rapel, ou coisas que remetam altura, ergh! 


Mas por que mesmo que tem que ser CERTO o momento, o lugar, a hora? Deixar rolar, diria, e se tiver que ser no momento, na hora, ou a coisa ERRADA, que seja, é só deixar rolar. Afinal, se pararmos para pensar um pouco: será que há mesmo um momento certo para se levar um tombo andando de patins? Ou para se pegar uma onda? Creio que não, basta ter onda, ou estar andando de patins. Ai fio, hummm, a hora é a hora, sem certo ou errado.


Pois, sobretudo, quando o tempo passa o que fica não é se foi o momento, ou hora,  ou coisa era certa ou errada; o que fica é: ter deixado ou não de sonhar com a onda e ter ido surfá-la, ou não; ou ter deixado ou não medo e/ou vergonha de levar um tombo andando de patins, privar de sentir a brisa tocar seu rosto enquanto se patina. Por fim, se reprimir ou se permitir? Eis a questão!

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Ser sem ser





Espirrado por Christian Palmer

Ser, na contemporaneidade, é algo bem difícil. Não acham? Eu provo.  Por exemplo, estes dias em uma conversa, eu disse que queria ser de Krishna. 

- Por quê? 
- Ah, sei lá, eu não sou nada e se for para ser, que seja de Krishna, porque pelo menos tem aquela música legal que Nando Reis gravou.
- Ah, bacana.

No entanto, uma amiga me convenceu do contrário, ela me explicou que os Krishna  acreditam em “casta”, tipo naquele livro "Admirável Mundo Novo" onde as pessoas nasciam destinadas a desenvolver um papel específico na sociedade, por exemplo, um agricultor era "moldado" a ser um agricultor desde a sua gestação, ai quando nascia era só fazia aquilo e só aquilo. Só que para os Krishna, um agricultor pobre, era agricultor pobre por vontade e decisão de Krishna e que Krishna o considerava menos que um empresário rico, por exemplo. Daí eu não quis mais de ser de Krishna, pois achei, digamos assim, feia essa ideia. 

Ai pensei, talvez eu devesse ser budista, mas a ideia de largar todos os meus bens materiais e imateriais para viver num mosteiro, também não me agrada muito.  - Já sei, vou ser cristão católico. Não pera, mas eu fiquei sabendo da existência de um Papa mulher, em sei lá quantos mil anos de existência, sem falar nos incontáveis casos de Padres abusando de criancinhas - Machista e pedófilo, não cultuo com essas coisas. 

- Que tal ser Cristão evangélico. Mas ai, também nunca soube de nenhuma mulher protagonizar um cargo "superior", machista também. Sem falar que pedir permissão a um pastor para fazer algo, também não me agrada nem um pouco. – Pastor, posso namorar aquela menina? Posso transar com ela? - É, não rola, deixa quieto.

Que tal ser Satanista? Não, não, muito complicado, matar galinha preta - não tenho coragem - fazer pentagramas - não sei desenhar - ter que assistir desenhos/animes/filmes com mensagens subliminares - isso até que é legal - mas daí vou ficar em falta com as outras duas e se for pra ser pela a metade, melhor não ser, porque ser hipócrita também não é legal.

Quem sabe ser niilista, acreditar que nada exista, que tudo não passa de conceitos, e conceitos só existem na consciência de quem os conhece, ou seja, no metafísico, e o metafísico é o deus dos conceitos e, assim como eles, também não  existe. - É, posso viver assim. Perai, se eu sou niilista eu não posso acreditar no niilismo, pois o niilismo é um conceito, logo, não existe. Difícil.

Então, o que eu vou ser? Acho melhor não ser. Isso mesmo. Vou ser ateu. Não há regras para sê-lo, eu não preciso seguir os preceitos de um livro escrito a não sei quantos anos, não preciso vestir terno e paletó para praticar boas ações, não vão precisar ameaçar queimar meu corpinho em um mármore em chamas para eu ter empatia para com os outros. Eu, inclusive, vou poder achar bonitinho o conceito panteísta, por exemplo, e mesmo assim vou continuar sendo ateu. Peraí, não posso ser ateu, pois ateu não tem coração - dizem -  " Amor é de Deus. Então, se você é ateu, como você ama?" "vish, ele é ateu. tsc! tsc!".

Desisto, definitivamente. Como dizia o poeta: "Ser ou não ser? Eis a questão". Eis a questão mesmo.




 

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Sorriam, vocês estão revoltados!










postado por Christian Palmer



Então galera, o Brasil tá vivendo um momento lindo de manifestações e revoltas –com sorrisos nos rostos -, todos dizem que o gigante acordou – ainda bem que não topei com ele, não saberia como reagir a tal encontro, afinal, não aprendi na escola, nem na Universidade, o que fazer diante de tal acontecimento, talvez porque o governo não tenha investido na educação como deveria, enfim.

Vim aqui para lhes mostrar que num lugar Melamediano, que fica logo ali, pertinho da gente, estar acontecendo algo muito legal, leiam:


De forma assertiva o novo governo decretou que a areia vale dinheiro, isto é, cada grão corresponde a um real. As notas de cinco serão substituídas por gotas d’água. As de dez por chamas (fósforo, isqueiro, etc.) e as de vinte por espirros. As de cinqüenta, uma tossida, e, finalmente, as de cem rais serão trocadas pelo ar.

Em outras palavras, estar na lama corresponde a seis reais. Uma gripe a plenos pulmões, cento e sessenta; e, finalmente, ninguém mais perderá tudo num incêndio: magnatas desfilarão com seus lança-chamas.

Um único inconveniente são as casas de câmbio que, não sabendo como se posicionar, têm gerado sucessivas confusões. Afinal, quantos dólares vale um grão? Quantos marcos cabem em uma gota? Quanto oxigênio em libras esterlinas?!

Problema deles. Para nós, esta é a vida que pedimos a Deus. Mais uma vez reitero meus parabéns às autoridades, que com sua sensibilidade estão fazendo do mundo um bom lugar para se viver.


E digo mais: não se preocupem com o capital internacional. Nunca souberam quanto vale um beijo, que a dignidade não tem preço, que dirá o valor de um homem.”



PS: Uma musiquinha para revoltar, ou sorrir, nem sei mais diferenciar. Também não sei se essa é a música certa, enfim...






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Só os loucos sabem






por Christian Palmer


Assisti um filme que conta a louca amizade entre dois caras. Um é terrivelmente apaixonado por mulheres, tanto que ele acredita ter algum tipo de doença, ou coisa do tipo; e ama fazer coisas impulsivas. O outro é escritor e se interessa por pessoas loucas pela vida, loucas por viver, pessoas que não se permitem o tédio, como é o caso do nosso amigo "louco por mulheres". Assim, eles desenvolvem um paixão um pelo outro, uma amizade intensa, extrema e lindamente peculiar.

As loucas jornadas regadas a muitas surpresas, mulheres, bebidas e outras coisitas mais, marcam bem a amizade deles. Mas nosso amigo louco tem um grave defeito, ou uma grave virtude, não sei ao certo, ele é maluco o suficiente para abandonar, largar o que quer que esteja fazendo, ou quem quer que seja e partir rumo a mais uma loucura, não que ele não ame o que "abandonou", mas o desejo que tem pelo que vai encontrar, ou pelo que vai acontecer lhe muito tentador. Não sei se é a fidelidade que tem ao seu impulso,  ou se é o desejo pelo que vai acontecer, que o faz sentir-se vivo, só sei que o que ele quer é sentir-se vivo, ele quer a vida.

Enfim, possa ser que, sentir-se vivo é ser louco o suficiente para agir impulsivamente. Penso que, talvez, seja isso a vida. Viver loucamente, como fogos de artifícios que explodem do nada, descontrolados em um céu, ou rua qualquer. Ou, quem sabe, a vida seja o livro, ou poema, ou a crônica, ou o soneto, ou a música que escrevemos para nós mesmos, e para os outros também,  a fim de não nos esquecermos que a vida seja isso. Ou não, quem sabe?

Talvez, a vida não seja nada, ou será que ela é tudo? Ou, talvez, ela seja doce? 
Sim, definitivamente, A VIDA É DOCE.



PS: Ganha um bolo quem acertar o nome do filme. =)

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Sopa de Carne da Vovó





por Christian Palmer



O nosso prato predileto é o amor
é a sopa de carne da vovó
é ter que tomar a sopa de carne da vovó todos os dias
isso é o amor.

Sem pesar, 
mesmo sabendo que tem inhame e carne do sol.
sabendo que inhame com carne de sol é muito bom
bom mesmo, mas não tão bom quanto o seu prato predileto.

Saborear a sopa de carne da vovó todos os dias sem enjoar
isso é o amor.
Afinal, quem enjoa de seu prato predileto?
quem enjoa do amor?



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Pain





por Christian Palmer


É como se você quisesse chorar,
mas não tivesse lágrimas para derramar.
Ou como se você quisesse parar de chorar,
mas as lágrimas insistissem em transbordar.

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Lira - Memória


Não adianta, Lirinha. Minha condição é muito especial, não tem cura. Por isso eu tenho tantas tatoo pelo corpo, é pra me lembrar das coisas mais importantes, já que minha memória dura no máximo 10 minutos e depois esqueço de tudo... A propósito, eu tava falando sobre o que mesmo? 






Lembra?
Era festa da colheita
Lembra?
Uns soldados que dançavam
Sei do circuito cerebral da recordação
A construção do que passou no lobo frontal
Mas eu voltei pra replantar a tua memória

Como uma flecha nas mãos de Bolt
De um lado a vida do outro a vida

Eu sei que eterna é tua firmeza
Na direção que sobe a montanha

Lembra bem da noite de onde saímos
Nunca apagarei tuas palavras da memória Iaiá
Quem mais que você pode esquecer
quem sou?

Quem me oferece um outro mundo?
Quem entrará no seu lugar?

A tua mão que plantou meu tempo
pelo escuro e pela névoa bruta

Dentro
dos arquivos do passado
Capacidade de lembrar em outro tempo
do vento futuro que passou na flor do tempo
Vai alteração química vou no contratempo
da tua memória

Como uma flecha nas mãos de Bolt
Como uma folha nos pés de Padaratz

Eu sei que eterna é tua firmeza
De um lado a vida do outro a vida

A crença hindu num deus que dança
A crença grega que tudo volta

A minha história é canção de bêbados
Feito uma árvore que come pássaros

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Asas


Até a Mona Lisa apodrece

por Christian Palmer


Ter asas para poder voar acima dos abismos que, volta meia, surgem em nossa frente. Ter asas para poder olhar acima das paredes e ver o que nos aguarda do lado de lá. Ter asas para poder voar até o futuro e saber quais cicatrizes aparecerão, saber quais valerão ter,  saber quais não valerão. Ter asas para poder evitar as topadas. Ter asas para não afundar em meio ao lamaçal de incertezas e poder ver lá do alto qual melhor caminho seguir. Ter asas para ser livre, livre de verdade, sem limitações. Ter asas para deixar de ser humano. Ter asas para fugir. Ter asas para escapar voando do fim e, assim, não deixá-lo acontecer. Ter asas para ser perfeito. Mesmo sabendo que o perfeito também apodrece, mas, mesmo assim, ter asas - é o que quero(queremos).



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Peanuts















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E se...




Por Christian Palmer


Se atirarmos uma flecha,  ela seguirá em frente até perder força e cair, certo!? Ela nunca retornará ao arco novamente,  assim é o mundo - refém do tempo. E o tempo segue religiosamente o seu "lema": sempre reto e avante. Igualmente a flecha atirada é a vida, sim, definitivamente a vida é uma flecha atirada. Tomamos decisões e sofremos com as consequências dela, nunca podemos voltar e escolher outra. Por isso, há quem diga que diante das escolhas o melhor é não escolher, porque assim manteremos todas as possibilidades, mas será que isso é viver? E o que seria viver? Fazer escolhas? Não fazê-las? Se bem que, não fazer escolhas é uma escolha que nós tomamos, não? E se pudéssemos calcular o que aconteceria se tomarmos determinada decisão? Seria possível? Como diria o poeta, "são tantas perguntas que atropelam minha vontade de raciocinar...". No entanto, não pensar é um problema maior ainda. Portanto, pensemos, então!

Vocês conhecem uma banda americana chamada: "Eels"? O vocalista dela, Mark Oliver Everett, vulgo "Mr. E", é filho do físico, Hugh Everett, que desenvolveu uma teoria física conhecida como "Teoria dos Muitos Mundos", já ouviram falar nela? Essa teoria sugere que há um mundo paralelo para cada escolha que podemos tomar em todos os problemas que nos deparamos. Alguém te pede em namoro, por exemplo, nesse caso, a princípio, temos dois universos possíveis, um em que você aceitou e outro em que você negou o pedido. Aqui é onde Everett pai diz que o mundo se "divide", ou seja, haverá um mundo para cada uma dessas possibilidades, e eles serão independentes uns dos outros. Então, segundo a Teoria dos Muitos Mundos, temos uma infinidade de mundos paralelos ao nosso. Legal, não!? Sabe aquela dúvida: "se existisse um máquina do tempo, eu voltaria e faria diferente, mudaria o mundo". Pois bem, segundo essa teoria, ao se alterar um fato histórico, não se alteraria em nada o mundo em que se vive, apenas se criaria um novo mundo, no qual o fato tivesse acontecido de forma diferente, da forma que se alterou ao se viajar no tempo.

Enfim, mas qual o motivo de eu estar falando sobre isso? Como sempre um filme: "Mr. Nobody"Mr. Nobody é um filme que se passa numa época em que as pessoas conseguiram a imortalidade, porém ainda há UM ÚNICO mortal vivo - o senhor Nemo Nobody - que quando está prestes a morrer recorda-se de toda a sua vida -  penso que o correto seria dizer de todas as suas vidas. O filme brinca com a ideia de se viver todas as possibilidades possíveis, com uma grande diferença: recordar-se de cada uma delas, o que segundo Everett e sua teoria, não seria possível. E daí se não o é!? É ficção. E sonhar é necessário, sem falar que é incrível a ideia de poder calcular os efeitos de nossas decisões, viver cada uma delas e depois escolher a que melhor nos convier. Eu queria, eu super queria. O que eu não iria querer é ser o último a ser, ou a ter algo. Penso que o fardo de ser a última tartaruga gigante de Galápagos, não é tão legal assim. Saber que sua morte representa o fim de toda uma espécie. Não acho isso agradável. Pois bem, que eu seja o penúltimo, então!


Por fim, eu diria que "Mr. Nobody" é um filme que alimenta essa nossa vontade de querer e poder assistir o que acontece conosco nos outros mundos - mesmo sem nunca termos ouvido falar na Teoria dos Muitos MundosE, então, sermos capazes de escolher aquele que nos agrada mais e poder vivê-lo. Até porque, como diria o poeta/sociólogo em seu blog, nada importa se não tivermos "a companhia do que poderia ter sido". Todavia, se "o que foi" foi do jeito que queríamos que fosse, isso nos servirá de alento em nosso momento derradeiro. Caso contrário, partiremos tendo em mente aquilo "que poderia ter sido". E o que poderia ter sido?









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Bem que podia ser um filme...



por Christian Palmer

Sabe o fim do mundo, o famigerado fim do mundo, aquele o qual todos comentam, temem, e esperam!? Aquela lá, que se baseia na previsão Maia!? Então, não é bem o fim do mundo, como todos imaginam, mas sim o fim de uma era, o fim da Era de Peixes e, consequentemente, o início de uma nova era, a Era de Aquários (Não sei vocês, mas eu acho bem legal quando o fim não representa o fim, mas sim o começo). O calendário Maia, assim como os de outras tantas civilizações antes da nossa, é baseado nos astros, eu estou falando de astros de verdade e não de Neymar.  Eles perceberam esses ciclos de acontecimentos - digamos assim - da terra, cada ciclo desse representa uma Era. Uma era equivale a 2 mil anos, elas recebem o nome de um signo do zodíaco.  O período de transição entre as era é marcado por o intensas mudanças. Mudanças em vários aspectos: físicas, mentais, o da natureza. Enfim.

Explicado isso, perdido o medo (ou alegria) do fim do mundo, que se tiver de acontecer, não será agora, em dezembro de 2012 - a terra durará mais um pouquinho para nossa alegria, ou tristeza. Contudo, foquemos no que realmente importa nessa transição de Era - acreditando nela ou não. Eu falo das mudanças. Mudança de mentalidade. Mudemos nossa mentalidade egoísta que destrói "florestas amazônicas" mundo afora; mudemos a nossa mentalidade sanguessuga, deixemos de sugar a felicidade dos outros, paremos de achar que a felicidade do outro tem que ser nossa; mudemos nossa mentalidade consumista de querer mais, e mais, e mais, paremos de achar que o outro pertence a nós; mudemos essa nossa mentalidade escravocrata, porque o outro não nasceu para que o exploremos, ele(a) não nasceu para ser nosso. Como diria o poeta: "melhore, mundinho de merda".

Por que temos que esperar as ruas alagarem para vermos que devemos jogar o lixo no lugar correto. Parece que teremos de esperar a terra não ser mais fértil e a água potável acabar para entendemos que não dá para matarmos a sede e a fome com o dinheiro. Até quando a nossa arrogância vai nos cegar. O fato de termos sidos os "primeiros mamíferos a fazer planos" não nos torna donos da vida de outros seres vivos, não nos torna donos dos planeta, não nos torna maiores que as leis da natureza. Na verdade isso não nos torna outra coisa, senão nos seres mais desprezíveis do planeta.

Encaremos esse período de transição de era, não como o fim do mundo, mas o fim dessa nossa mentalidade mesquinha que ceifa alegrias, que ceifa amores, que ceifa relacionamentos, que ceifa planos... que ceifa vidas, que ceifa. Nós não podemos tudo. Enfim, espero que a Era de Aquário seja marcada pela morte dessa nossa atual mentalidade - desumana, insana. E, só pra terminar, se ser humano é ser assim como somos, torço para que deixemos de sê-lo. Torço para que o latido de um cachorro não seja o único traço de humanidade ao fim do filme. Filme...bem que isso tudo podia ser um filme - pena não ser!



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Ela vai. A saudade fica!

Eu ainda lembro:


- Aquele poema é seu?
- É sim, Palmer! Esqueci de assinar lá, mas é meu!
- Nossa, parece uma menina de 16 anos, tão inocente.
- HeHE







A menina rainha saiu para passear pelo campo,
Encontrou o pequeno menino rei por ali jogando pedras no lago.

Se ajuntaram a passear pelos belos canteiros,
Falaram do verde, do calor, dos mosquitos...

Mas não falaram sobre o frio na barriga,
Sobre o nervosismo nas mãos,
Sobre os rostos vermelhos,
Sobre os olhares que por segundos trocaram...

Foram felizes,
viram estrelas,
mas não disseram isso um ao outro.

Mas era preciso dizer?








Briggida Lourenço
24 de abril de 2012





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